O risco que corremos, ao responsabilizarmo-nos pelo outro, é estarmos inconscientemente a cuidar do NÃO do outro mas sim de nós próprios, da nossa imagem de bom são bernardo, de salvador, e muitas vezes da nossa própria necessidade de reconhecimento, isto é, da nossa tranquilidade da nossa consciência. E porque estamos a cuidar de nós próprios, convencidos de estarmos a cuidar do outro, corremos o risco de não ter a atitude mais apropriada, mais adequada à situação, alimentando - em ambos - a frustração, a confusão ou a dependência".
1. Necessidade de identidade:
"poderei ser eu mesma sem ter que me estafar a fazer tudo o que é preciso para ser boa mãe, boa esposa... Se já não sou boa mãe, então quem sou?"
2. Necessidade de segurança afectiva:
"poderei amar-me e ser amada pelo que sou e não pelo que faço?"
3. Necessidade de ter confiança:
"poderei confiar que as coisas vão correr bem, mesmo que eu não esteja a controlar tudo?"
"Quando tendemos a atribuir ao outro a responsabilidade do que vivemos, isso deve-se a não sabermos escutar-nos a nós próprios para nos compreendermos e para nos encarregarmos da nossa vida, tornando-nos autónomos e responsáveis. Muitas vezes, ficamos dependentes, à mercê do olhar do outro".
(D'Ansembourg)
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