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08 março 2010

Curso de Especialização em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar 2010

Curso de Especialização
em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar
2010

4ª Edição / Março-Maio de 2010

APRESENTAÇÃO:

A todos que frequentem este Curso pretende-se oferecer uma base de reflexão e verificação sobre a forma como a mediação aparece ligada à Educação assim como à Escola, em particular, indicando-se possibilidades de intervenção pragmáticas e transformadoras e banindo quaisquer mitos de soluções mágicas.
Tendo por objecto de estudo e de trabalho os diversos conflitos que se desenrolam na escola, importa essencialmente formar o mediador, figura central da mediação.

COORDENAÇÃO:
Prof. Mestre Elisabete Pinto da Costa
Diretora do Instituto de Mediação da ULP

OBJECTIVOS:

  • Reconhecer a mediação na escola como um instrumento transformação dos conflitos;
  • Perceber a mediação como estratégia de intervenção precoce sobre fenómenos de conflitualidade, de incivilidade e de violência;
  • Enquadrar a mediação na formação pessoal no domínio da resolução de problemas e da educação para os valores;
  • Motivar para a vertente transdisciplinar da gestão e mediação dos conflitos;
  • Desenvolver competências básicas necessárias à gestão e mediação de conflitos;
  • Aprender técnicas para mediar conflitos e saber intervir como mediador;
  • Adquirir conhecimentos sobre a implementação e funcionamento de programas de mediação escolar e planos de convivência.


DESTINATÁRIOS:

Professores dos Ensinos Básico e Secundário, Professores de Educação Especial, Professores de Formação Profissional e Professores do Ensino Recorrente de Adultos, Educadores, Psicólogos, Psicopedagogos, Sociólogos, Assistentes Sociais, Animadores Sociais e Culturais, Mediadores, Técnicos de Acção Educativa, e ainda outros Profissionais interessados no tema.

DURAÇÃO:
90 horas (70h formação teórico-prática e 20h de seminários).

CALENDÁRIO E HORÁRIO:
Curso: sábados, das 9h00 às 18h00 (de 19 de Março a 29 de Maio).
Seminários de Aprofundamento: sextas-feiras, das 18h00 às 22h00 (09 de Abril, 23 de Abril, 14 de Maio, 21 de Maio e 28 de Maio).

LOCAL:
Universidade Lusófona do Porto, Rua Augusto Rosa, nº 24, Porto.


Toda a informação necessária aqui,

na página da Universidade Lusófona do Porto.


09 janeiro 2009

04 março 2008

Transumâncias

Aos 15 anos de idade, descobri que desejava ser professor de línguas. Frequentei o 9º ano de escolaridade, já na recém-criada Escola Secundária de Sever do Vouga. Estávamos no ano lectivo de 1984/85. A minha decisão obrigou-me a deixar a terra que me viu nascer para me deslocar para a cidade de Aveiro, ficando alojado num quarto alugado. Ingressei, então, na famosa e prestigiada Escola Secundária José Estêvão, onde concluí o Ensino Secundário, no curso de Humanidades.

Seguiram-se cinco anos de licenciatura em Ensino de Português e Francês, na Universidade daquela mesma cidade, com estágio integrado, efectuado na Escola Secundária Adolfo Portela, em Águeda.

Este ano probatório de "ainda-aluno-e-já-professor", em 1992/93, veio, finalmente, confirmar as minhas opções e o meu trajecto de vida pessoal e profissional.

Ingressei orgulhosamente na carreira docente! Senti uma enorme felicidade, não só por ter atingido uma das etapas que me tinha proposto atingir, mas, sobretudo, por poder realizar o sonho de ser Professor!

Ainda me lembro da minha primeira clássica pasta de fole em cabedal; ainda me lembro do meu Golf em segunda mão; ainda me lembro dos nervosos primeiros instantes e os que lhes seguiram, diante dos "meus primeiros alunos"! Confiaram-me a minha "primeira orquestra" desafinada! Magnífico Allegro!

Embora nunca me tivessem falado sobre o manual do professor transumante, rapidamente tomei consciência das dificuldades inerentes aos longos e penosos trajectos a percorrer para me deslocar para junto dos meus "rebanhos"... Comecei em Sever do Vouga, passei por Paços de Ferreira, Castelo de Paiva, Aveiro, Arouca e encontro-me, actualmente, em Vale de Cambra...

Nesta permanente vida nómada, anos e anos a fio, sinto-me um guardador de rebanhos, um peregrino, um viajante. Nos trajectos com mais de 100 quilómetros diários, de ida e volta, os meus pensamento vagueiam ao sabor da natureza por entre montes e vales...


Severino Pallaruelo Campo, um professor de História e Geografia espanhol, autor do livro Pirineos, Tristes Montes, ilustra este sentimento no contacto com as terras e as gentes: «O homem e os seus rebanhos caminham ao ritmo dos ciclos da natureza; não procuram modificar o clima nem em conseguir elevados níveis de rentabilidade através da aquisição de complexas e dispendiosas tecnologias; modelam a paisagem com técnicas simples e efectivas, adaptam-se ao curso sucessivo das estações. Vivem em harmonia com o meio ambiente e não têm necessidade de violentar a natureza para sobreviver; basta-lhes acariciá-la, e submeter-se ao ritmo que ela própria lhes impõe.»

fonte: http://fotografiadodia.blogspot.com/2007/11/janela-aberta.html


Apesar das longas e por vezes dolorosas distâncias, ia, vinha e permanecia nas escolas por onde passei com enorme satisfação e motivação. Sentia a alegria de ensinar e procurava transmitir e promover o prazer de aprender...

Soube inovar e desenvolver valiosos projectos nas escolas, tanto junto dos meus colegas como na sala de aula com os meus alunos.

Lutei por melhores condições de trabalho, elaborando candidaturas para financiamento para projectos e criando novos espaços de criação, partilha e colaboração, onde professores e alunos pudessem ter acesso às novas tecnologias para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.

Lancei desafios a mim próprio e à comunidade escolar, orientei centenas de professores em cursos, seminários, círculos de estudos, oficinas de formação... Estabeleci parcerias com empresas, instituições e individualidades, no sentido de trazer à escola novas dinâmicas e formas inovadoras de participação da comunidade-escola.

Fui sentindo um gradual crescimento da motivação, da satisfação e do bem-estar na escola, tanto de professores, dos pais e encarregados de educação como dos alunos. Senti-me cada vez mais responsável e comprometido com as lideranças que ia assumindo, exigindo de mim um esforço cada vez mais exigente e árduo. Acreditei nos valores e nos princípios mais humanos; nas necessidades e interesses dos que me rodeavam; perturbei com ousadia, algumas vezes, algum status quo, padrões e normas que inviabilizavam o avanço, o progresso necessários para a criação de uma nova escola voltada para o sucesso, a inovação e o empreendedorismo.

Criei clubes de jornalismo; assumi a edição e editoriais de jornais escolares com equipas de alunos e professores; fui colaborador e promotor de publicações, eventos, projectos múltiplos.

Dominado constantemente por fortes crenças optimistas, com objectivos morais sólidos, compreendi, desde cedo, que o processo de mudança era urgente, pelo que procurei construir relações com os órgãos de gestão, funcionários, pais e encarregados de educação e alunos; acreditei que o conhecimento só poderia ser construído em conjunto, na interacção, na partilha e na colaboração. Muitas vezes, senti a necessidade de perturbar o sistema em que me inseria, convicto que as minhas aspirações produziriam efeitos positivos nas acções e nas relações interpessoais. Procurei ser coerente e apelei aos outros o mesmo. Não suporto a incongruência!

Hoje, vejo os meus colegas, as escolas a recuar naquele processo que fomos construindo esforçadamente! Rostos esbatidos, figuras derreadas pelo peso insustentável da coerção, do desprezo e do desrespeito... O pessimismo abateu-se sobre as escolas, a Educação em Portugal.
As vozes rasgam lamentos e negras profecias!

Não foi esta a Educação que sonhei! Quando se esquece e despreza os valores e os princípios humanos mais elevados não é onde desejo ESTAR! Não é neste Sistema de Ensino que desejo permanecer! Não quero ser o responsável pela desumanização e pelo atropelamento da dignidade, dos afectos, do amor, do riso, da alegria, da tolerância, do reconhecimento, da justiça, necessidades e desejos das nossas crianças, jovens, pais e colegas...

O optimismo não anda de mão dada com os que não sabem sonhar e que, pior ainda, tentam matar os sonhos dos outros.

A Escola é o primeiro e o último lugar onde mais desejo estar para exercer com alegria uma das mais belas profissões do mundo: PROFESSOR

Passo a aplicar a linguagem da Comunicação Não violenta:
Perante a agitação, o conflito (observação), sinto-me frustrado, triste e indignado (sentimento), porque preciso de encontrar paz, serenidade e bem-estar nas nossas escolas (necessidade), pelo que formulo um apelo àqueles que podem devolver à Educação, aos Professores, aos Alunos e Pais, à sociedade Portuguesa esta harmonia tão necessária às actuais e futuras gerações: será possível deixar-nos fazer o que melhor sabemos, ou seja, aprender e ensinar? (pedido)


O pessimismo é uma profecia que se cumpre.
João Lobo Antunes, programa Prós e Contras, RTP1, 03 de Março 2008



04 janeiro 2008

4ª Conferência Mundial sobre Violência nas Escolas e as Políticas Públicas

23/25 . June. 2008

LISBON. Portugal

Fundação Calouste Gulbenkian

http://www.gulbenkian.pt

O Instituto de Apoio à Criança em cooperação com a Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa vai organizar em Lisboa no dias 23, 24 e 25 de Junho de 2008 a “4ª Conferência Mundial sobre Violência nas Escolas e as Políticas Públicas".

Esta Conferência Internacional, que decorrerá na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, está integrada no plano de actividades do Observatório Europeu de Violência na Escola (www.ijvs.org), bem como de outros parceiros de outros países.

O Observatório Europeu organizou com êxito a 1ª conferência em Paris (2001), a 2ª conferência na cidade do Québec (2003) e a 3ª conferência em Bordéus (2006).

Estas Conferências Internacionais têm mobilizado uma ampla rede internacional de investigadores de diversas disciplinas científicas e instituições relacionadas com o estudo e projectos de intervenção da violência no meio escolar.

O título e tópico central da conferência será “Violência nas Escolas: a Violência em Contexto?

Toda a informação aqui

12 dezembro 2007

Especialização em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar


2ª Edição

A Universidade Lusófona do Porto acaba de lançar a 2ª Edição do Curso de Especialização em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar, coordenado pela Prof. Elisabete Pinto da Costa, Directora do Instituto de Mediação da ULP.

Data das Inscrições: até ao dia 1 de Fevereiro/2008.

Calendário do curso: 12 de Fevereiro a 13 de Março/2008.

Duração: 60 horas


Nº de participantes: 25


Cidadania e Segurança


A Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) publicou (6 Dezembro 2007), na sua página da Internet, o novo módulo curricular Cidadania e Segurança a aplicar, com carácter de obrigatoriedade, no 5.º ano de escolaridade.
Este novo módulo deve ser trabalhado em cinco aulas de 90 minutos, visando assegurar a todas as crianças, num determinado momento do seu percurso escolar, o contacto com as temáticas básicas da segurança e da não violência.

"Tendo como referência os direitos fundamentais e os recíprocos deveres que lhes são inerentes, o módulo encontra-se organizado em torno de três temas:
  • ”Viver com os outros”,
  • “As situações de conflito e a violência"
  • “Comportamentos específicos de segurança”.
Constituem objectivos do módulo:
  • promover a compreensão da importância do valor da relação com os outros e da construção de regras de convivência na escola e na sociedade;
  • aumentar a capacidade para a resolução de situações de conflito de forma não violenta;
  • promover competências para agir adequadamente face à agressão;
  • desenvolver a capacidade de identificação de comportamentos de risco e incentivar atitudes de prevenção;
  • desenvolver uma cultura de segurança e capacitar para a auto-protecção.

21 junho 2007

A Comunicacação Não Violenta na Prevenção de Conflitos na Escola

Comunicação apresentada no dia 21 de Junho de 2007, no Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, na Conferência Internacional Ofender e Ser Ofendido | Giving and Taking Offence, entre as 16.15 e as 18.30 horas


12 junho 2007

Participação na Conferência Ofender e Ser Ofendido

Abaixo, neste blogue, já tivemos a ocasião de disponibilizar o programa da Conferência Ofender e Ser Ofendido, para consulta dos interessados em participar nas sessões.

A pedido de várias pessoas, disponibilizo aqui a minha sinopse sobre a comunicação que me propus apresentar, no dia 21 de Junho, entre as 16.15 h e as 18.15h, na Universidade de Aveiro:


::SINOPSE::

A Comunicação Não-Violenta

na prevenção de conflitos nas escolas

Parece-nos importante distinguir o conceito de violência do de conflito. O Conflito, em si, não é violento. A forma de resolver o conflito é, ela sim, muitas vezes, violenta. A violência é uma consequência da rivalidade, da tensão, do desacordo entre as pessoas.

A escola é um espaço complexo, onde as relações interpessoais possuem um lugar fundamental, porque nele interagem professores, alunos, pessoal não docente, pais e encarregados de educação, entre outros elementos representantes da comunidade local. Por isso, tentaremos analisar a problemática do conflito e da pertinência da aplicação de técnicas de comunicação interpessoal neste sistema.

Tentaremos propor, também, pistas ou orientações possíveis para uma melhor convivência no seio da comunidade escolar.

Como pedagogos, sejamos pais, educadores ou professores, devemos esforçar-nos por favorecer a responsabilidade e não a disciplina, a solidariedade em vez da rivalidade, a empatia em detrimento da indiferença e do desprezo, a autonomia ao invés da submissão.

Nesta cultura da competição, onde uns mandam e outros obedecem, onde uns perdem e outros ganham, devemos eleger a partilha e a cooperação como forças capazes de mudar esta crescente tendência ameaçadora para as actuais gerações e as vindouras.

Com esforço e persistência, auxiliando-nos de métodos e técnicas de comunicação adequadas, tomaremos consciência da nossa forma de pensar e de agir e regularemos a nossa postura perante nós próprios e os outros.

Daremos especial atenção aos sentimentos e às necessidades das pessoas envolvidas na comunicação, à escuta activa, à empatia, à não-violência e à cultura da paz.

José Paulo Rodrigues dos Santos

mediadornaescola@gmail.com

Licenciatura em Português e Francês (Universidade de Aveiro)
Gestor de Projectos no Centro de Formação de Entre Paiva e Caima
Especialização em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar
Co-autor do blogue “CNV Comunicação Não-violenta”
http://comunicacaonaoviolenta.blogspot.com