Presto-lhe aqui a minha homenagem, transcrevendo dois lindíssimos poemas que evidenciam a força das palavras. Nem sempre a violência física nos destrói, já que nem sempre é essa a "arma" que o ser humano utiliza para magoar ou aniquilar o outro, pois não?!
Tenhamos mais consciência da força, do impacto, da brutalidade que as nossas palavras podem ter, quando são ouvidas ou sentidas pelos nossos interlocutores! De onde vem a violência que brota de nós?! Por que razão não serão elas revestidas de paz, tranquilidade, amor e aconchego?!
Tenhamos mais consciência da força, do impacto, da brutalidade que as nossas palavras podem ter, quando são ouvidas ou sentidas pelos nossos interlocutores! De onde vem a violência que brota de nós?! Por que razão não serão elas revestidas de paz, tranquilidade, amor e aconchego?!
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
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É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
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