Por mais que me esforce, não consigo acreditar que a terra o cobriu para sempre...
Guardo na memória as nossas conversas, o respeito e a admiração mútuos, o companheirismo e a amizade. Obrigado, amigo!
Hoje, não fui despedir-me pessoalmente de si...
Não suporto despedir-me definitivamente dos amigos . Dói muito, muito mesmo.
Adeus, Senhor Vicente Magalhães!
Com simples técnicas de comunicação, desenvolveremos a nossa capacidade de nos relacionarmos connosco próprios e com os outros, com a nossa esposa ou marido, com os nossos filhos, nossos pais, os amigos, os colegas, os professores, os alunos, os vizinhos, os empregados e os patrões. Comecemos por aprender a conhecer os nossos sentimentos e as nossas necessidades... Demos os primeiros passos!
17 janeiro 2007
02 janeiro 2007
TODOS PRECISAMOS DE AMOR
No início de mais um ano e de um novo período lectivo, apeteceu-me colocar aqui algumas reflexões sobre a nossa necessidade mais vital: amar e sentir-nos amados. É tão vital que, segundo alguns autores, a falta de amor e das suas manifestações concretas, leva ao definhamento e mesmo à morte. Transcrevo de Isabelle Filiozat:
"Os homens são seres que vivem em relação. Alimentam-se tanto de carícias e de atenções como de pão. Privados de comunicação, sofrem. Aliás, o isolamento é a punição preferencial destinada aos prisioneiros rebeldes e também é utilizada como instrumento de tortura.
Há alguns decénios, o psicólogo suiço René Spitz observou bébés hospitalizados. Eram tratados, lavados e alimentados, recebiam todos os cuidados necessários e, no entanto, morriam. Os recém-nascidos começavam por gritar, chamar, depois calavam-se, já não gritavam, já não chamavam; tinham compreendido que era inútil. Encolhiam-se e refugiavam-se no seu interior. Deixavam de se alimentar e, sem fazerem barulho, deixavam-se morrer docemente. Spitz chamou a este síndroma "hospitalismo". Ninguém lhes sorria nem lhes falava, não eram importantes para ninguém, para quê viver? A partir destes trabalhos, o pessoal de saúde foi sensibilizado para esta questão, os mimos foram considerados como parte integrante dos cuidados e um dos pais pode ficar com o bébé na maior parte dos serviços pediátricos. Actualmente já só verificamos o "hospitalismo" nos orfanatos dos países pobres, totalitários ou em guerra, em que a urgência parece não ser a afectiva. Digo bem "parece"porque as crianças lá morrem tanto por falta de reconhecimento e de afecto como de fome ou de doença".
(FILIOZAT, Isabelle, em A Inteligência do Coração)."
Nas nossas sociedades ocidentais, de formação privilegiadamente intelectual, tem-se dado pouca importância às manifestaçãos exteriores de amor e afecto, às carícias. É tempo de irmos percebendo que elas "são tão importantes como o pão". E isso em todos os sectores onde se vai desenrolando a nossa vida: família, hospitais, escolas, trabalho...E é bom estarmos conscientes que não são apenas as crianças que precisam. Precisamos sempre, sempre, sempre...A Análise Transaccional (AT), uma psicopedagogia do crescimento fundada por Éric Berne, dá tanta importância a estas ´"carícias" que lhes dedica todo um capítulo e muitas horas de trabalho.
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