há muito que não escrevo neste blogue, apesar das várias solicitações para tal. Para muitos de nós, este espaço veio criar momento de empatia, de bem-estar, não deixando para trás momentos de reflexão importantes para as nossas vidas...
Tenho imensos "textos escritos na minha mente" e desejaria encontrar o momento certo para os colocar neste lugar. São vivências, observações, sentimentos e necessidades que se vão acumulando e precisam de ser partilhadas.
Hoje, por imperiosa necessidade, gostaria de vos falar de um professor. São muitos os motivos que me impelem a falar dele, mas que não irei aqui explorar, tendo em conta que servirá apenas de leitmotiv para a questão que levanto no título: o que é um bom professor, afinal?
Já ouviram falar em Ron Clark, o famoso "America's Educator"? Talvez não... Tive o privilégio de assistir pessoalmente, em Londres, há poucas semanas, ao seu próprio relato como professor e não deixei de pensar em todo o meu percurso, em todos os meus alunos, em todas as relações que estabeleci pelas várias escolas por que passei...
Ora, o que faz dele um professor tão especial, único? Adorado por uns, polémico ou louco para outros, a verdade é que Ron deixa um rasto de energia, de alegria e entusiasmo, celebrando uma das mais belas profissões do mundo (se não a mais bela!).
Hoje, Ron, é o professor mais famoso dos Estados Unidos, depois de ter passado pela emissão da Oprah, possuindo a sua própria academia e publicações, nomeadamente, o best-seller "The Essential 55", e de ter sido realizado um filme sobre a sua vida, The Ron Clark Story (2006).
Por sentir que nas nossas escolas existe uma certa desmotivação, um desalento e alguma impavidez perante as várias medidas lançadas para o sistema educativo, dedico este momento a todos os bons professores que, na sua maravilhosa missão, vão semeando generosas pepitas de "ser", de "estar", de "saber"...
Enquanto acreditarmos nas nossas crianças, nos nossos jovens, tal como o Ron, cada um ao seu estilo, não devemos desistir, porque eles precisam de nós! Precisam do nosso respeito, de bons modelos, de boas referências, de bons princípios, de bons guias para crescerem e se tornarem cidadãos responsáveis, confiantes e optimistas, bem preparados para os desafios da convivência social, do trabalho, da vida...
Também, em Portugal, os professores precisam de reconhecimento, de valorização pelo trabalho que desenvolvem em prol da Educação. Cabe a nós a capacidade de demonstrar que o futuro de um país assenta na obra, na missão dos educadores e dos professores e das famílias. Um país que não acarinhe, que não respeite, que não dignifique o papel daqueles profissionais, e os co-responsáveis pais e encarregados de educação, está a hipotecar gerações...
Ao longo deste texto, tenho usado e abusado das várias formas do adjectivo "bom". O desafio que aqui deixo é:
Já agora, bom trabalho, na escola... e em casa!
Tenho imensos "textos escritos na minha mente" e desejaria encontrar o momento certo para os colocar neste lugar. São vivências, observações, sentimentos e necessidades que se vão acumulando e precisam de ser partilhadas.
Hoje, por imperiosa necessidade, gostaria de vos falar de um professor. São muitos os motivos que me impelem a falar dele, mas que não irei aqui explorar, tendo em conta que servirá apenas de leitmotiv para a questão que levanto no título: o que é um bom professor, afinal?
Já ouviram falar em Ron Clark, o famoso "America's Educator"? Talvez não... Tive o privilégio de assistir pessoalmente, em Londres, há poucas semanas, ao seu próprio relato como professor e não deixei de pensar em todo o meu percurso, em todos os meus alunos, em todas as relações que estabeleci pelas várias escolas por que passei...
Ora, o que faz dele um professor tão especial, único? Adorado por uns, polémico ou louco para outros, a verdade é que Ron deixa um rasto de energia, de alegria e entusiasmo, celebrando uma das mais belas profissões do mundo (se não a mais bela!).
Hoje, Ron, é o professor mais famoso dos Estados Unidos, depois de ter passado pela emissão da Oprah, possuindo a sua própria academia e publicações, nomeadamente, o best-seller "The Essential 55", e de ter sido realizado um filme sobre a sua vida, The Ron Clark Story (2006).
Por sentir que nas nossas escolas existe uma certa desmotivação, um desalento e alguma impavidez perante as várias medidas lançadas para o sistema educativo, dedico este momento a todos os bons professores que, na sua maravilhosa missão, vão semeando generosas pepitas de "ser", de "estar", de "saber"...
Enquanto acreditarmos nas nossas crianças, nos nossos jovens, tal como o Ron, cada um ao seu estilo, não devemos desistir, porque eles precisam de nós! Precisam do nosso respeito, de bons modelos, de boas referências, de bons princípios, de bons guias para crescerem e se tornarem cidadãos responsáveis, confiantes e optimistas, bem preparados para os desafios da convivência social, do trabalho, da vida...
Também, em Portugal, os professores precisam de reconhecimento, de valorização pelo trabalho que desenvolvem em prol da Educação. Cabe a nós a capacidade de demonstrar que o futuro de um país assenta na obra, na missão dos educadores e dos professores e das famílias. Um país que não acarinhe, que não respeite, que não dignifique o papel daqueles profissionais, e os co-responsáveis pais e encarregados de educação, está a hipotecar gerações...
Ao longo deste texto, tenho usado e abusado das várias formas do adjectivo "bom". O desafio que aqui deixo é:
SENTE-SE UM BOM PROFESSOR?
O QUE FAZ DE SI UM PROFESSOR?
Procure, conscientemente, identificar e enumerar
todas as qualidades que fazem de si um "bom professor"...
(se eu não me sentir um bom professor, como poderão os outros sentir que o sou?)
O QUE FAZ DE SI UM PROFESSOR?
Procure, conscientemente, identificar e enumerar
todas as qualidades que fazem de si um "bom professor"...
(se eu não me sentir um bom professor, como poderão os outros sentir que o sou?)
Já agora, bom trabalho, na escola... e em casa!
3 comentários:
Parabéns por este texto! Que bem me fez ler estas palavras de reconhecimento e de encorajamento! É verdade que muita coisa na educação, actualmente, nos pode desmotivar. Mas o que importa é colocar o foco, a atenção, no essencial, no positivo, no que a arte de ensinar e conviver com crianças e jovens nos pode dar. Acredito que a vida me devolve aquilo que eu lhe der. E os meus alunos também!
Felicito o autor e também a Rita. São palavras sentidas certamente.
Também sei que todos ou "quase" todos os professores sentem a sua vocação ou sentido de vida muito a sério, mas também posso comentar que nota-se por ai nas escolas, que existe muito passar o tempo e pouca preocupação em determinada tarefas que deveriam ser levadas a sério e não o são.
Mas queria só deixar os meus parabêns aos BONS PROFESSORES, porque eles existem, e estes não reclamam créditos, não são vaidosos, não têm a "mania", não são altivos....sim são humildes e dedicam o seu tempo á sua vocação, a transmissão de CONHECIMENTO.
Obrigada pelo texto e pelo desafio... na verdade, nunca tinha pensado nisto!
Ora, sem falsas modéstias e após 24 anos de serviço efectivo, considero-me uma boa educadora... Porquê?
Porque ainda "penso, respiro e vivo" a educação de infância no meu dia a dia, após todos estes anos...
Porque nunca estou satisfeita com o trabalho que faço...
Porque procuro constantemente novas formas de fazer "velhas coisas", outras abordagens para as rotinas de sempre...novos modos de seduzir e desafiar as crianças.
Porque me seduzem os "desafios a estrear", principalmente no âmbito das tecnologias (que são sempre novas, porque estão sempre a evoluir e a surpreender)...
Porque não descanso enquanto não "domino" esta ou aquela ferramenta web 2.0 que descobri e que me pode ser útil na prática docente...
Porque procuro contagiar esta inquietude, este desassossego por "aprender para ensinar", aos colegas que comigo trabalham, procurando que se envolvam no seu próprio desenvolvimento profissional de forma apaixonada, reflectida e colaborativa.
Porque procuro fazer o melhor possível dentro das circunstâncias, tratando cada criança como gostaria que tratassem os meus filhos e procurando não olhar a todos como se fossem um só...
Por tudo isto, penso que sou uma docente dedicada e empenhada e esse é o melhor caminho para se chegar a ser "um bom professor"!
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