Com simples técnicas de comunicação, desenvolveremos a nossa capacidade de nos relacionarmos connosco próprios e com os outros, com a nossa esposa ou marido, com os nossos filhos, nossos pais, os amigos, os colegas, os professores, os alunos, os vizinhos, os empregados e os patrões. Comecemos por aprender a conhecer os nossos sentimentos e as nossas necessidades... Demos os primeiros passos!
19 dezembro 2006
06 dezembro 2006
Procrastinacão é...
Embora para algumas pessoas seja apenas ocasional ou pontual, para outras a questão é bem mais problemática com repercussões extremamente negativas. No caso dos alunos, pode levá-los a pensar em abandonar os estudos e a escola. É fundamental detectar estas situações e auxiliar atempadamente o aluno a encontrar métodos e hábitos de trabalho e organizar-se. Também os pais e encarregados de educação devem prestar um cuidado e uma atenção muito especiais aos comportamentos e às constantes desculpas que os seus educandos vão "inventando" ou invocando sistematicamente para protelar as suas tarefas...
De acordo com o Dr. Nuno Conceição (Psicólogo Clínico) num trabalho realizado em Novembro de 1999, "a procrastinação consiste em atrasar ou adiar sistematicamente a realização de actividades relevantes. Estas actividades dividem-se em duas categorias sobrepostas: a procrastinação de manutenção e de desenvolvimento. As pessoas que adiam actividades de manutenção fazem coisas como deixar chegar o quarto a um estado de desorganização incontrolável, deixar empilhar a loiça na cozinha, entregar os livros na biblioteca muito depois do prazo, tirar fotocópias apenas na véspera dos exames, estudar para determinadas cadeiras apenas antes dos exames, entre muitas outras.
A procrastinação de desenvolvimento ocorre quando a pessoa adia actividades de desenvolvimento pessoal que podem levar a uma melhoria das condições de saúde, das condições psicológicas ou outras formas de proveito pessoal. Estas pessoas começam a ter dificuldades em encontrar maneiras de alegrar as suas vidas e melhorar a sua aceitação pessoal, a sua auto-estima, a sua sensação de auto-eficácia e as competências sociais ou profissionais, sendo que nos casos mais graves as pessoas sentem-se deprimidas, imobilizadas ou frustradas."
É sobejamente conhecida a canção "É pr'amanhã..." de António Variações:
É p’rá amanhã
Bem podias fazer hoje
Porque amanhã sei que voltas a adiar
E tu bem sabes como o tempo foge
Mas nada fazes para o agarrar
Foi mais um dia e tu nada fizeste
Um dia a mais tu pensas que não faz mal
Vem outro dia e tudo se repete
E vais deixando tudo igual
É p’rá amanhã
Bem podias viver hoje
Porque amanhã quem sabe se vais cá estar
Ai tu bem sabes como a vida foge
Mesmo que penses que estás p’ra durar
Foi mais um dia e tu nada viveste
Deixas passar os dias sempre iguais
Quando pensares no tempo que perdeste
Então tu queres mas é tarde demais
É p’rá amanhã
Deixa lá não faças hoje
Porque amanhã tudo se há-de arranjar
Ai tu bem sabes que o trabalho foge
Mesmo de quem diz que quer trabalhar
Eu sei que tu andas a procurar
Esse lugar que acerte bem contigo
Do que aparece tu não consegues gostar
E do que gostas já está preenchido.
Os portugueses procrastinam?
atitudes de conflitos, de agressividade e de comunicação violenta com os outros?!
Para nos ajudar ainda nesta reflexão,
e as possíveis formas de a vencer!
Vá um pouco mais longe e leia este artigo de John Perry
sobre a Procrastinação Estruturada
02 dezembro 2006
30 novembro 2006
A CNV e eu... em empatia!
Graças a Thomas D'Ansembourg e a Marshall Rosenberg, apercebo-me quanto ainda tenho de aprender sobre a Comunicação, tanto no seu sentido lato como nesta particularidade: a comunicação como meio de abertura e de empatia!
Este novo OLHAR sobre o mundo que nos rodeia, a vida, o Outro, desenvolveu em mim uma diferente capacidade autocrítica até hoje desconhecida. Nos vários papéis que desempenho no quotidiano, encontro a aplicabilidade prática desta nova forma de comunicar, de me relacionar com o outro e até comigo próprio.
Percorrendo as várias páginas dos livros daqueles autores, extraimos um potencial imenso de transformação positiva e de algo novo para as nossas relações pessoais, familiares, profissionais...
Enquanto professor, apercebo-me do benefícios significativos que posso adquirir para mim e oferecer aos alunos e aos meus colegas nas escolas. Estas potentes ferramentas mentais, aplicadas pela fala e pelas acções, ajudam-me a compreender a raiva, o conflito, e auxiliam-me na sua resolução, melhorando as relações com mais empatia!
Embora muito simples nos seus princípios, o processo em quatro fases da CNV, já aqui descrito neste blog, é extremamente poderoso para melhorar radicalmente e para tornar verdadeiramente autênticas as nossas relações com os outros. É-nos proposto um caminho de liberdade, de coerência e de lucidez!
Como não acredito na punição ou no castigo como meio de melhorar a nossa relação com o outro, prefiro percorrer novos caminhos...
28 novembro 2006
A CNV na Educação

Eu comecei a pensar sobre a minha frustração com esta criança e a tentar descobrir o que eu necessitava dela (além da harmonia e da ordem). Apercebi-me, então, que o tempo gasto na planificação da aula e na minha necessidade de criatividade e de contributo estavam a ser prejudicados, a fim de controlar o comportamento. Também senti que eu não ia ao encontro das necessidades educativas dos outros alunos. Quando ele agia mal na sala de aula, comecei a dizer: "Preciso de vós para partilhar a minha atenção." Isto pode ter sido feito centenas de vezes num dia, mas entendeu a mensagem e começou a envolver-se nas actividades da aula.
Professora, Evanston, Illinois, EUA
Taduzido por José Paulo Santos, a partir daqui
24 novembro 2006
O INTERVALO
20 novembro 2006
16 novembro 2006
Entrevista a Marshall Rosenberg
12 novembro 2006
DO PODER À POTÊNCIA
09 novembro 2006
O desejo de sermos melhores
"O que mais dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se do desejo de serem outros. Existe no nada essa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as vozes."
Mia Couto, in "Vozes Anoitecidas", prefácio
08 novembro 2006
Humilhação: acto ou efeito de humilhar
Na tentativa de encontrar soluções/ estratégias para resolver, ou pelo menos melhorar, o funcionamento das aulas, questionei os alunos presentes sobre quais seriam, na sua opinião, os procedimentos mais eficazes por parte dos professores no sentido de evitar que alguns dos seus colegas perturbassem sistematicamente as aprendizagens a desenvolver, uma vez que as medidas até agora implementadas se tinham revelado infrutíferas.
Foi então que, com toda a naturalidade, um deles me respondeu:
" Eu acho que os professores, quando os alunos estão a perturbar a aula, deviam humilhá-los... Podia ser que eles se envergonhassem e mudassem de comportamento."
Pensei que tinha ouvido mal e confirmei a resposta que me fora dada.
Não sei se mais alguém se chocou com o que ele dissera. Talvez não.
Ninguém questionou o aluno, e intervim novamente:
"Se eu humilhar os teus colegas, eles responder-me-ão com melhores atitudes?! Que direito tenho eu de me defender, se, a seguir, um deles me responder com um gesto igualmente humilhante?! Sim, porque desse modo dou-lhes também o direito de me humilharem, não achas? "
E, de entre os adultos presentes, alguém, então, me respondeu:
" Claro! Se eu me portar mal, eles também têm o direito de me humilhar! Além disso, posso dizer que, há tempos, isso funcionou. Um colega da turma estava a portar-se mal, eu humilhei-o, e ele acalmou logo!"
A reflexão continuou. Não sei o que pensam os restantes participantes sobre o assunto.
Apenas sei e sinto que que não quero ir por aí!
Estou agora consciente que, sem nos darmos conta, reproduzimos, eu incluída, modelos altamente geradores de violência.
A humilhação pode momentaneamente dissuadir uma pessoa, mas por quanto tempo? Cairá no esquecimento daquele aluno?
Creio que não. Devolvê-la-á ao professor ou a outro qualquer na próxima oportunidade.
E assim vamos gerando e recebendo, gerando e recebendo, vivenciando e ensinando violência, dor, incompreensão.
Quando conseguiremos interromper este processo de herança-transmissão de respostas violentas para a resolução dos nossos problemas?
É urgente a comunicação não violenta!
É urgente aprendermos a mediar conflitos na escola!
06 novembro 2006
As pequenas coisas da vida...
a esboçar um sorriso, a aliviar o nosso stress, a nossa angústia ou tristeza.
Tenha um dia lindo...
;-)
05 novembro 2006
01 novembro 2006
Tocando em frente - Maria Bethânia
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu sou
Estrada eu vou
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir