23 junho 2007

Da Guerra... à Paz

Como dialogar com o nosso marido, a nossa esposa, o nosso companheiro, quando rebenta o conflito?

As discussões aumentam, as acusações mútuas avolumam-se (" - tu é que..."; "- és sempre a mesma coisa!"; "- não me ouves..."; "- não me mandes calar!"...), os insultos explodem, os amuos tornam-se frequentes, apoderam-se de nós a raiva, o ódio, a insegurança, o medo...

Estes estados de espírito são comuns a muitos casais. Certamente nos revemos neste género de diálogos, nestes comportamentos e pensamentos agressivos e violentos. São os berros, os gritos ou, então, os silêncios igualmente devastadores e corrosivos.

Thomas D'Ansembourg, na sua conferência-espectáculo, registada em DVD, intitulado "Guerre et Paix Dans Le Couple", baseada na obra "Cessez d'Être Gentil, Soyez Vrai!" (traduzido para português pelas Edições Ésquilo como "Seja Verdadeiro"), propõe-nos assistir a cenas conjugais em palco. Com a cumplicidade e talento da atriz Dominique Lahaut, D'Ansembourg demonstra-nos como é possível passarmos de um estádio de conflito para um estádio de diálogo interno com os nossos sentimentos, as nossas necessidades, medos, frustrações, de modo a sermos capazes de ir ao encontro do outro, procurando entender as suas necessidades e sentimentos.

As ferramentas, os recursos existem em nós. Apenas precisamos de aprender a mobilizá-los neste clima de tensão e de conflito.

A Comunicação Não Violenta (CNV), esta "linguagem do coração", permite-nos descer ao fundo do nosso "poço", encontrar os "lençóis freáticos" das necessidades comuns a todo o ser humano para procurar compreender o outro e nós próprios.

Thomas D'Ansembourg

Thomas, qual é o factor principal da separação do casal?
Quando o casal não diz as coisas verdadeiras, já não vive e acaba apenas por "funcionar". Estamos na "logística": ir às compras, levar os miúdos aqui e ali, o trabalho, os afazeres domésticos, etc. As coisas verdadeiras são os valores partilhados e sobretudo a clareza do sentido do reencontro a dois. Isto pressupõe conhecimento e respeito de si próprio, o que exige muita escuta! E a escuta activa e verdadeira, para muitos de nós, pode aprender-se.
(Fonte recolhida e traduzida a partir deste endereço: http://www.info-ardenne.com/ardennes/node/661)

N’ayons pas peur de se connaître soi pour mieux apprendre à aimer l’autre…
Não tenhamos medo de nos conhecermos melhor
para aprender a amar o outro...




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